Diálogo

Inspirado nos romances Noir que assisti. Não repare no meu Francês, que é uma bosta.

Paris, 2018

-Bon Jour Madamoiselle.
-Tá falando francês agora?
-Tenho que falar né. ^^
-e como vai o senhor.
-vou levando, e a senhorita?
-também.
-e como está seu filho?
-passeando com o pai.
-que poderia ser eu...
-disse alguma coisa?
-não, não...nada.
-está viajando a passeio?
-Não, a negócios.
-Que bom que seu projeto deu certo.
-Agradecida. E quando volta ao Brasil?
-Quando essa terra iluminar meus pensamentos...
-Parrí (como os ricos chamam Paris) sempre é boa para isso.
-Assim espero...
-Me diga porque sempre fala em poemas, metáforas...
-Porque você sempre foi boa em interpretá-los.
-Entendo.
-Não disse?
-...
-Está indo para onde?
-Tomar um café.
-Me daria o prazer de acompanhá-la?
-Se não for muito encomodo.
-Depois da senhora.
(toca música da Dona Florinda e Professor Girafales euhuaehuaehuhuaehuaehu)
-Un café, s'il vous plaît.
-Deux.
-Plus quelque chose?
-Non, merci beaucoup.
-toda vez que vejo você, seu marido e seu filho...
-diga
-só me lembro daquela frase: "Uma vida inteira que poderia ser e que não foi."
-Você deveria seguir sua vida.
-Minha vida acabou dez anos atrás.
-Bem que te disseram que isso ia acontecer.
-Mas eu sabia que ia, só que um pouco de esperança me fez arriscar.
-...
-son café.
-merci.
-desculpe, prometi que não ia mais tocar no assunto.
-você nunca cumpre suas promessas...
-...
-tenho que ir.
-estranho, da última vez eu disse adeus... dessa vez apenas um até logo.
-adeus.

o mundo anda devagar hoje... na terra onde provas de amor são assustadoras, não faz sentido viver.

SIM SIM, o texto acima é cheio de mensagens, um doce pra quem achar todas.

Frase do dia:
"Veloz como um gato...morto"
Diaz