domingo, 24 de outubro de 2010

Original VS Sequência Parte 3

Pra encerrar a série dos posts menos comentados da história, chegamos a derradeira discussão do mundo dos videogames: 2D ou 3d? Bem, faz já um tempinho em que vimos a mudança causada pela revolução 3D, causada principalmente pelo N64 em minha opinião.

Está certo que antes já tinhamos jogos em 3d, principalmente nos PC´s e PSX, mas a qeustão é, a esperiência 3D completa, pelo menos pra mim, ocorreu com a implantação da alavanca analógia de sensibilidade variável, ou seja, de nada adianta você ter um jogo 3D, se o controle que você tem sobre o jogo ainda é 2D.

De toda forma, não é para isso que o tópico de hoje serve. Estamos aqui para discutir a transição de séries famosas do mundo 2D para o mundo 3D, e para isso nada melhor do que utilizarmos algumas da séries mais icônicas da infância de quase todo mundo:

Mario Bros e Sonic the Hedgehog.

Eu escolhi essa séries pois além de terem sido verdadeiros ícones na era 16-bits (denominação incorreta, mas mais conhecida), seguiram caminhos bem diferentes no mundo tridimensional, sendo que uma permanece até hoje no hall dos grandes jogos de todos os tempos enquanto outra está em franco declínio.

Comecemos com a série Sonic

A série sonic foi talvez, empatada com Mario, a série mais conhecida dos anos 90, e em grande parte uma das responsáveis pelo fato de pessoas adultas hoje jogarem videogame, nessa época tinhamos adesivos colados nos quartos das pessoas, as revistas de detonados vendiam mais do que nunca, diria que foi a grande explosão demográfica dos jogadores de videogame.

E acredito que a série Sonic alcançou seu ápice em Sonic 3. Com gráficos incríveis pra época, músicas memoráveis, e fases com design impecável, ficou a lição de como fazer um excelente jogo em 2D. Além disso, algo interessante da série Sonic foi trazer ao invés de níveis de dificuldade para o jogo, os populares easy, normal and hard, ela trazia três personagens diferentes, onde para cada um a maneira de se passar de fase era diferente, e também a dificuldade para se passar delas.


Mas então veio o 3D, e Sonic não se saiu tão bem nessa mudança. Não me levem a mal, Sonic Adventure é um jogo incrível (por mais que eu ache que a interação com humanos não é a melhor das ideias), mas infelizmente não conseguiu carregar a magia Sonic para o novo mindo que ali se apresentava. Cabe lembrar que já existiam jogos 3D do Sonic antes, mas 95% dos gamers "hardcore" nunca jogaram eles.

Enfim, pra mim, o grande problema da transição para o mundo tridimensional é que boa parte de Sonic se baseia na velocidade absurda do personagem, mas plenamente controlável pelo jogador, o que é bem difícil de se trazer para um jogo mais moderno sem que a maioria dos jogadores caia 396 vezes em um precipício, de modo que a solução é tirar um pouco do controle dos jogadores e deixar o jogo um tanto mais automático por assim dizer. Os jogos de Wii tentaram corrigir esse problema, e por isso acabaram recebendo a aclamação da mídia. Quem sabe Sonic não esteja voltando aos seus dias de ouro.

Fiquem com as musiquinhas clásicas do jogo.


E vamos para a série Mario Bros.

Acho que depois de ver essa foto, a maioria das pessoas nem precisaria que eu contasse uma historinha aqui. Super Mario está no imaginário coletivo das pessoas mais novas (e das mais velhas que tinha que zerar os jogos pros filhos). Aliás, na minha opinião, se perguntassem quem é uma das pessoas mais influentes dessa geração, provavelmente Shigeru Miyamoto viria em minha mente. Quem é ele, só o criador de Zelda e de Mario.


Mas voltando ao assunto, Mario talvez seja o exemplo de melhor transição 2D para 3D da história, pois não só fez uma excelente transição da série, como também definiu como seria a jogabilidade dessa nova era. E aqui voltamos novamente a alavanca analógica, ninguém sabia para que servia nem se realmente teria alguma utilidade, até Super Mario ter sido lançado. A liberdade proporcioanda por esse novo sistema de controle era sem precedentes, e se tornaria o padrão da indústria dali pra frente.

Quer dizer, depois a Sony pesou ana solução de uma dupla alavanca analógica, uma para i personagem, outra para a câmera ( termo para a câmera virtual que filma o jogador enquanto ele joga, aliás, em Super Mario 64 ela deixa de ser virtual, em mais uma solução bem humorada do jogo.) que também foi adotada por outros videogames. O Dreamcast inverteu os analógicos e esse passou a ser o padrão usado até hoje.

Fiquem com as musiquinhas também clásicas desse jogo.


E já que ninguém está se sentindo com vontade de comentar, deixarei uma pergunta para tentar estimulá-los: Qual foi o jogo de videogame que mudou sua vida?

Frase do dia:

"Meu Mortal Kombat tem sangue!"

Típica discussão entre Seguistas e Nitendistas nos anos 90.

domingo, 3 de outubro de 2010

Original VS Sequência Parte 2

Bem, depois do sucesso estrondoso do último post, decidi continuar nesse assunto muito popular por que eu já prometi fazer mais dois posts, um sobre a mudança de gênero em games já consagrados, e um sobre a mudança de paradigma e como ela afeta jogos já consagrados, no caso da mudança de 2D para 3D.

Bem hoje, vamos falar de como a mudança de gênero afeta um jogo já consagrado e se é possível manter o mesmo nível de qualiddade mudanço completamente a abordagem do jogo. E para isso não existe exemplo melhor que a série Metroid. Essa série passou por uma mudança monumental durante sua transição da era 2D para a era 3D. Passou de um jogo de plataforma com elementos de shooter de Super Metroid (jogo para super nintendo que era de certa forma de estilo de jogo semelhante a série Contra ou até mesmo Metal Slug) para um FPS (ou FPA na denominação da nintendo).

Seria a mesma coisa de Michael Bay (diretor de Transformers) dizer que ia transformar a Trilogia das Cores (tem um post muito bom na trindade, depois a Polly passa o endereço nos comentários, ou não, já que ela anda ocupada pegando gatos =p) em um blockbuster hollywoodiano e de quebra fazer uma versão americana de Old Boy com o Will Smith no papel principal. E o mais incrível ainda, isso dar certo.

Bem, pra quem não conhece Super Metroid foi o ápice da série Metroid, que alcançou a perfeição nos movimentos chefes e inovações, e que se fosse lançado em uma época de internet popularizada, seria um dos jogos mais bem avaliado de todos os tempos. Para tentar entender como era o jogo, primeiro pense em Megaman, que acho que todo mundo conhece (faz parte dos jogos super populares, tiops Mario, Sonic, Bomberman, Top Gear, Chronno Trigger[até parece...]).

Agora imagine que o Megaman é uma mulher alta, que além de ter diversas armaduras e tipos de tiro diferentes, ainda lança mísseis, supermísseis, bombas, superbombas, se transforma em uma bola, pula de parede em parede, enfrenta chefes maiores que a tela e de quebra ainda tem que dar uma de mãe pra um ser alienígena. O nome dela: Metroid. NÃO! Dizer isso é a mesma coisa de chamar o Link de Zelda, que o Ryu é irmão do Ken e que a Lara Croft se chama Tomb Raider.

O nome da primeira heroína realmente popular dos videogames e que quebrou, junto com Lara Croft e Joanna Dark, o estereotipo de que protagonista de jogo só pode ser homem é Samus Aran. A História dela é bem clichê, orfã de seres humanos que foi criada por uma raça alienígena chamada Chozo que a salvou da morte. Pra quem tá curioso, Metroid é o nome de outra raça de alienígenas, só que esses são parasitas.

E Metroid se tornou tão especial porque trouxe coisas que hoje parecem banais para os jogadores de videogame mais novos. Chefes gigantescos que ocupavam mais que uma tela, cada um com métodos engenhoso para serem vencidos que não se resumia a atire primeiro, atire mais um pouco, atire mais uma vez e depois faça algumas perguntas. Além disso trazia uma variedade de armas até então não vista fora de jogos FPS, Cenários destrutíveis e que escondiam diversos segredos para dificultar a missão de conseguir 100% no jogo e várias outras coisas que se tornaram quase um padrão na indústria. Tudo isso é resumido na foto abaixo.

Além disso, pra quem não sabe, ao contrário do que a maioria pensa, o Wall jump (habilidade de pular de parede em parede, hoje presente em Tomb Raider, Super Mario, Prince of Persia e mais um monte de jogos) não é originária de Super Mario 64 ou de Shinobi/ Ninja Gaiden, e sim de Super Metroid.

Bem, como um jogo de tanta importância para a história dos videogames e que acabou pulando uma geração (pulou a geração Sony Playstation, Sega Saturn e Nintendo 64 para só voltar na geração Sony Playstation 2, Microsoft Xbox e Nintendo Gamecube), fica clara a responsabilidade que seria colocar a série na era 3D, e que todos esperavam um time de elite da Nintendo, ou no mínimo da Rare, no caso.

Qual não foi a surpresa quando a Nintendo anunciou que a Retro Studio, que era totalmente desconhecida até então, ia produzir o jogo, que não teria a a presença de Mother Brain, e que pra piorar a situação seria um FPS (tiro em primeira pessoa) que mas tarde foi modificado para FPA (aventura em primeira pessoa, em uma jogada de marketing genial da Nintendo para tentar diminuir a rejeição do título), aposto que agora a comparação do Old Boy com o maluco no pedaço não parece mais tão absurda. Qual não foi a surpresa quando o jogo foi lançado e se tornou o Jogo mais bem avaliado de sua geração, derrotando monstros sagrados como Metal Gear Solid 3, The Legend of Zelda Twilight Princess e Wind Waker, Super Mario Sunshine, Shadow of the Colossus, God of War, Halo, Ninja Gaiden e tantos outros.

Metroid Prime é um jogo que trata de uma visita de Samus Aran a um planeta desconhecido infectado pelo Phazon, uma substância radioativa altamente mutagênica que anda provocando mudanças graves no planeta Talon IV. Mas a história pouco importa, o importante é que Metroid mais uma vez trouxe inovações incríveis para a época. Para começo de conversa a criação de um jogo em primera pessoa que não fosse simplesmente um tiroteio já foi um avanço notável, algo semelhante ao que fez Half Life, mas em uma escala mil vezes maior.

Além disso todos os elementos que nos impressionaram no original estavam de volta, sem contar o fato de que a parte técnica do jogo estava impecável, com gráficos que na minha opinião só seriam superados por Twillight Princess e por Resident Evil 4 já no finalzinho da geração, direção de arte fora de série, músicas escolhidas e compostas pelo gênio Kenji Yamamoto fizeram desse jogo um dos melhores que já joguei em minha vida.

e de quebra ainda tem a melhor música de todos os tempos em uma fase de neve, que me dá uma paz imensa no meu coração.

Qual dos dois é melhor é uma questão puramente pessoal, já que ambos são impecáveis em suas características. Eu pessoalmente acho que Metroid Prime conseguiu um maior imersão no papel de Samus Aran, enquanto Super Metroid ajudou a definir a evolução dos videogames. Para os que não conseguem escolher como eu, existe ainda o jogo Metroid Other M que foi recentemente lançado para Nintendo Wii e que reune as qualidades dos dois.

Na próxima semana ou no meio dessa eu posto a parte final.

Frase do Dia:


"Como é o nome daquela roda com pregos?"

Morena mais bonita do mundo se referindo a "engrenagens"