sábado, 15 de setembro de 2012

A fotografia captura a alma



Fim do dia que durou dois anos. A foto rouba a alma, diziam os antigos. Nesse caso, a foto foi da nossa alma. Naquele momento eu não sabia ainda dos abraços, de que seguraria minha mão sem a menor intenção de soltar. Não sabia nem se a foto ia ficar legal ou não.

Tudo o que eu sabia era que naquele momento meu sorriso estava triste. Vi até uma lágrima escorrer do canto da boca que já estava sentindo saudade do que não poderia ter mais, ao menos por enquanto. Não sei se o sorriso dele chorava.

Ele estava atrás de mim, e o seu violão ainda reverberava as nossas  músicas. Pensava se ele gostaria de continuar atrás de mim, se ele iria me seguir através do portão de embarque, ou se a última imagem que teria de lembrança seria a mesma imagem que tive ao chegar. Um sorriso, um aeroporto, um encontro, uma despedida.

Mas nada disso importava naquele momento, o que importava era a foto. A foto com o período de exposição mais longo da história da Terra, longo o suficiente para destruir até o mais forte filme de adamantium. A foto que demorou dois anos para ser tirada. A nossa foto.


Agridoce...

Frase do Dia:
"A melhor coisa sobre uma fotografia, é que ela não muda mesmo quando as pessoas mudam."
Andy Warhol

A queda de Herz



Existia naquele tempo um reino denominado Brás, onde vivia um príncipe chamado Gregório, filho de Edward, natural de Herz, a capital que se situava a nordeste dali. Desde cedo Gregório havia sido criado nos modelos mais rígidos do catolicismo, nas artes da alquimia e da magia, deixando de lado suas habilidades de combate para se tornar um estrategista melhor. 

Ora, chegou o momento de procurar uma princesa, para que pudesse dar continuação a linhagem da família real, sendo procurado então pelo Rainha Carlota, do reino das Ramas, para conhecer sua filha, Minerva. Curiosamente os dois se apaixonaram imediatamente, coisa rara em casamentos arranjados, ainda mais tendo ambos sido criados em reinos tão distantes. Viveram felizes, apesar de ainda não estarem aptos para governar o Reino que futuramente pertenceria aos dois, tendo que, por alguns anos, permanecerem separados, situação que trazia muito sofrimento a ambos.

Estando próximo de assumirem seus reinos, a princesa Minerva acabou conhecendo o imperador Akihito, do Reino de Barbalha, e acabou ficando confusa quanto a seus sentimentos, abandonando então Gregório para viver junto do imperador, acreditando que esta seria a melhor das escolhas.
Gregório aceitou seu destino e acreditando que a situação era irreversível, se resignou com a derrota. Entretanto, foi convocada para vir a Herz a General Virtu, que homônima da deusa grega da sorte, convenceu Gregório de que aquela era uma batalha que poderia ser vencida. Começou então Gregório uma batalha de inteligência e contra-inteligência, sendo que com o tempo a princesa Minerva buscou contato novamente com o velho príncipe, além de começar a manter contato a partir de então com a General Virtu.

Tudo corria bem, até que em um determinado momento Virtu decidiu compartilhar os planos com o General residente de Brás, Daemom, conhecido por subestimar os desejos do príncipe, e sempre buscar a decisão que ele achava correta.

Daemom decidiu então que Minerva, amiga e confidente de Gregório, que há muito tempo não se aproximavam tanto, era uma influência negativa para o príncipe, por mais que esse discordasse absurdamente, decidindo então que a melhor estratégia para se vencer a batalha era entregar todos os segredos do reino para Minerva e esperar que ela se afastasse ou decidisse de vez ficar ao lado de Gregório.

Gregório, em sua sabedoria, percebeu que era um plano ridículo, mas não conseguiu impedir Daemom de executá-lo. Com os segredos em mãos, estava aberto o caminho para a queda ou ascensão de Herz, assim como a natureza dupla do nome de Daemom, deus e demônio.

Qual será o destino de Herz?

Frase do Dia:
“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens tem medo da luz.”
Platão.