O PSDB morreu. Não agora com a derrota do Regional Serra mais uma vez, que já era pedra cantada. O PSDB morreu quando desistiu de ser oposição, talvez até por não ter muita prática, afinal o brasil esteve na mão de governos de "direita" desde 1500 e só passou pra governos de "centro" há oito anos atrás.
Morreu quando não entendeu que as velhas alianças com o DEMO não são mais suficientes e são até mesmo prejudiciais. Morreu com o governo Fernando Henrique Cardoso que foi um governo excelente, mas não pro brasileiro comum, o brasileiro assalariado, o brasileiro dono de pequena empresa. Basta alguns segundos para um bom entendedor perceber pra quem é vantagem ter uma relação dólar-real 1:1 por exemplo. E não é para o produtor interno e pro dono de pequenas empresas.
Mas pra mim os partidos dominantes até então morreram por um simples motivo: O declínio quase que simultâneo da imprensa escrita e dos telejornais, quem em grande parte sempre gostaram de defender seus interesses, formentando um preconceito que até hoje é a miséria da classe média no Brasil. A classe média que lê Veja e assiste Globo e considera-se superior e ultra bem informada. Veja bem, não estou dizendo que esses dois meios sejam meios horríveis de comunicação que não tenham nenhum valor, mas que, como todos n´so apredemos pelo senso comum, nunca é bom confiar em uma única fonte.
Muitos virão falar: vai ler caros amigos então. Eu responderia, pelo menos eles deixam bem claro que são tendenciosos para a esquerda. Eu pessoalmente acho complicado que depois de Beyond Citizen Kane (produzido pela BBC, já que meu pai adora falar que tudo que é contra a mídia dominante é coisa de blog de internet) e depois de uma análise criterioso do famoso episódio da Globo com relação ao aniversário de São Paulo (Também conhecido como Diretas Já pro resto do Brasil fora da emissora) alguém ainda leve muito a sério o que vem daquele lugar, mas fazer o que.
Já com relação a revista o negócio é um pouco mais complicado. As pérolas não são em episódios específicos, mas semanais, já que ela sequer tenta se vestir de neutra. Isso resulta em episódios cômicos como responder a uma charge de um jornal do interior do Rio Grande do Sul que criticava o fato de ela só criticar o Presidente Lula, ou no fato de afirmar que o MST apoiava o desarmamento para poder invadir terra com mais facilidade, ou então que o Governo federal não devia apoiar escritor coisíssima nenhuma, deviam é investir na economia. Enfim, nem precisei comentar a figura mais polêmica da revista pra conseguir algumas pérolas.
Não me leve a mal, você pode votar em quem quiser. Inclusive conheço gente inteligente que vota nos dois lados, e estou sempre aberto a discutir posições políticas, inclusive "eu se divirto" com meu pai surtando toda vez que eu faço uma crítica ao PSDB. =p Mas se você estiver a fim de discutir política comigo, por favor evite usar clichês preconceituosos de classe média, do tipo ela é mulher, não tem experiência política (Só foi ministra né?), é apadrinhada, já que eu conheço mais duas dessas que nunca receberam a desconfiança de ninguém do Brasil, Margaret Thatcher e Angela Merkel. Venha com argumentos e de preferência corroborados por mais de uma fonte.
Por exemplo, discutiria tranquilamente as análise do The Economist e do Finacial Times comentando que o Serra seria melhor para o Brasil, e então nos discutiríamos por que eles acham isso. ^^
Frase do dia:
"Eu não sou viúva da ditadura, eu sou a ditadura"
Pretor Romano
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5 comentários:
Já ia me esquecendo, Ainda há esperança, talvez um Aécio Neves bem trabalhado.
A política brasileira me parece sofrer de uma deficiência crônica de ideologia. Veja bem, nenhum partido toma posições claras quanto a um plano de governo, não existe um direita de verdade no Brasil, tudo o que há são um punhado de conservadores que gostam de opinar radicalmente só pra dar ibope.
Isso é algo que me desencanta muito, sabe? Sei que fica até engraçado dizer isso, mas falta um mínimo de honestidade intelectual nos nossos partidos...
COncordo, mas devo acrescentar, não existe um partido verdadeiramente de direita desde que o governo FHC deu no que deu.
Essa campanha eleitoral foi um circo, não sei se porque foi a que eu prestei mais atenção ou se foi ruim mesmo, mas uma campanha focada na questão do aborto, direcionada para a busca de votos religiosos e explorando o pior dos dois lados, nunca vi pior!
Embora o Brasil esteja melhorando muito em alguns quesitos, acredito até mesmo que no da transparência política, apesas de todos os escândalos que ocorreram no governo.
E ainda tem gente que vem com o argumento de "não voto em x, porque ele/ela é do PT/PSDB" em um país em que a fidelidade partidária é baixíssima, a Social-Democracia não se parece em nada com a Social-Democracia e o mais próximo de uma direita liberal de oposição que nós temos é um partido que defende as mesmas políticas assistencialista do atual governo só para arrecadar mais apoio popular, das "massas" que são vistas como ignorantes. O pior argumento que já me mandaram foi "você apoia a Dilma porque os professores da unb são de esquerda". Tampouco acho justo esses comentários, e essa revolução no twitter contra o Norte/Nordeste, o que só prova o quanto ainda estamos despreparados para uma democracia.
Perguntaram outro dia se eu me sentia preparada para escolher meus representantes, e eu disse que não. Disse não, por causa dos meios de informação difusa. Disse não, por causa do peso da decisão. E acho uma pena o fato que poucos valorizam muito o peso dessa escolha...
Essa eleição foi uma galhofa total!
É muito triste, mas pelo menos me diverti com o Plínio nos debates.
O Brasil precisa é de uma alma mais francesa, no sentido de se rebelar mais a favor das coisas que acredita.
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