domingo, 14 de novembro de 2010

Uma lição para o Dick Vigarista

Uns anos atrás, quando o Fazedor de Sapatos dominava a F1 com todo tipo de artimanha e safadagem, eu pensava se ninguém teria a coragem de bater de frente com o verdadeiro Dick Vigarista da categoria, que sempre usava as mesmas artimanhas de seu alter ego dos desenhos animados.

Como jogar o carro em cima dos adversários, DUAS VEZES, em duas disputas de campeonato, sendo uma humilhante pelo fato do champion super mercados ter conseguido quebrar o próprio carro mas não o do adversário, vendo o Villeneuve ser campeão. Sem contar claro, o bom e velho clássico de ordenar que o companheiro de equipe lhê dê o primeiro lugar em corridas decisivas de meio de campeonato.


Mas Comentador, ele precisava dessas atitudes para poder se firmar como piloto! Mas o que dizer então da manobra vergonhosa desse ano? Ou a em cima do Masssa? Poxa, o cara joga sujo até no desafio das estrelas, um evento beneficente organizado pelos pilotos todo final de ano.

Aliás, esse ano serviu para enfraquecer ainda mais o mito do fazedor de sapatos e dar força a teoria de que ele ganhou muito de seus títulos em virtude de ter um carro muito melhor que os demais, algo que já estava em voga no momento em que surgiu o Dick Vigarista Jr., Um tal de Fernando Alonso. Esse que é ainda pior, por que ele nunca é punido pelas besteiras que faz.

E não estou falando da infração desse ano, do Massa supostamente cedendo a posição, estou falando de coisas piores dos seus tempos de Renault e até algumas do tempo de Ferrari e McLaren. Sério o cara já ultrapassou nos boxes, já parou na frente de outro carro para atrapalhar seu pitstop, DUAS VEZES, já participou de manipulação de resultados, inclusive naquele episódio do Piquet.

Sem contar a choradeira por tudo, mimimi, não consigo ultrapassar o Hamilton, mimimi, não consigo ultrapassar o Massa e quando não é atendido pela equipe procura outra pra servir de capacho. Mas o episódio mais ridículo foi hoje: Ele estava disputando posição com o Petrov, de uma equipe adversária!!! e depois da corrida foi tirar satisfação com seu ADVERSÁRIO, COM QUEM ESTAVA DISPUTANDO POSIÇÃO, PORQUE ELE NÃO TINHA DEIXADO O ALONSO PASSAR.

O CARA ERA DE OUTRA EQUIPE! ESTAVA DISPUTANDO POSIÇÃO! E ELE RECLAMOU PORQUE O ADVERSÁRIO NÃO DEIXOU ELE PASSAR!


Puta que pariu, dá pra ser mais narcisista que isso? Ainda bem que o Vettel ganhou, mas o melhor era que o Webber tivesse ganhado.

Frase do Dia

"Petrov está mais rápido que você Alonso, você confirma que entendeu essa mensagem?"

Anônimo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tiro de misericórdia no ninho do tucano

O PSDB morreu. Não agora com a derrota do Regional Serra mais uma vez, que já era pedra cantada. O PSDB morreu quando desistiu de ser oposição, talvez até por não ter muita prática, afinal o brasil esteve na mão de governos de "direita" desde 1500 e só passou pra governos de "centro" há oito anos atrás.

Morreu quando não entendeu que as velhas alianças com o DEMO não são mais suficientes e são até mesmo prejudiciais. Morreu com o governo Fernando Henrique Cardoso que foi um governo excelente, mas não pro brasileiro comum, o brasileiro assalariado, o brasileiro dono de pequena empresa. Basta alguns segundos para um bom entendedor perceber pra quem é vantagem ter uma relação dólar-real 1:1 por exemplo. E não é para o produtor interno e pro dono de pequenas empresas.

Mas pra mim os partidos dominantes até então morreram por um simples motivo: O declínio quase que simultâneo da imprensa escrita e dos telejornais, quem em grande parte sempre gostaram de defender seus interesses, formentando um preconceito que até hoje é a miséria da classe média no Brasil. A classe média que lê Veja e assiste Globo e considera-se superior e ultra bem informada. Veja bem, não estou dizendo que esses dois meios sejam meios horríveis de comunicação que não tenham nenhum valor, mas que, como todos n´so apredemos pelo senso comum, nunca é bom confiar em uma única fonte.

Muitos virão falar: vai ler caros amigos então. Eu responderia, pelo menos eles deixam bem claro que são tendenciosos para a esquerda. Eu pessoalmente acho complicado que depois de Beyond Citizen Kane (produzido pela BBC, já que meu pai adora falar que tudo que é contra a mídia dominante é coisa de blog de internet) e depois de uma análise criterioso do famoso episódio da Globo com relação ao aniversário de São Paulo (Também conhecido como Diretas Já pro resto do Brasil fora da emissora) alguém ainda leve muito a sério o que vem daquele lugar, mas fazer o que.

Já com relação a revista o negócio é um pouco mais complicado. As pérolas não são em episódios específicos, mas semanais, já que ela sequer tenta se vestir de neutra. Isso resulta em episódios cômicos como responder a uma charge de um jornal do interior do Rio Grande do Sul que criticava o fato de ela só criticar o Presidente Lula, ou no fato de afirmar que o MST apoiava o desarmamento para poder invadir terra com mais facilidade, ou então que o Governo federal não devia apoiar escritor coisíssima nenhuma, deviam é investir na economia. Enfim, nem precisei comentar a figura mais polêmica da revista pra conseguir algumas pérolas.

Não me leve a mal, você pode votar em quem quiser. Inclusive conheço gente inteligente que vota nos dois lados, e estou sempre aberto a discutir posições políticas, inclusive "eu se divirto" com meu pai surtando toda vez que eu faço uma crítica ao PSDB. =p Mas se você estiver a fim de discutir política comigo, por favor evite usar clichês preconceituosos de classe média, do tipo ela é mulher, não tem experiência política (Só foi ministra né?), é apadrinhada, já que eu conheço mais duas dessas que nunca receberam a desconfiança de ninguém do Brasil, Margaret Thatcher e Angela Merkel. Venha com argumentos e de preferência corroborados por mais de uma fonte.

Por exemplo, discutiria tranquilamente as análise do The Economist e do Finacial Times comentando que o Serra seria melhor para o Brasil, e então nos discutiríamos por que eles acham isso. ^^

Frase do dia:

"Eu não sou viúva da ditadura, eu sou a ditadura"

Pretor Romano

domingo, 24 de outubro de 2010

Original VS Sequência Parte 3

Pra encerrar a série dos posts menos comentados da história, chegamos a derradeira discussão do mundo dos videogames: 2D ou 3d? Bem, faz já um tempinho em que vimos a mudança causada pela revolução 3D, causada principalmente pelo N64 em minha opinião.

Está certo que antes já tinhamos jogos em 3d, principalmente nos PC´s e PSX, mas a qeustão é, a esperiência 3D completa, pelo menos pra mim, ocorreu com a implantação da alavanca analógia de sensibilidade variável, ou seja, de nada adianta você ter um jogo 3D, se o controle que você tem sobre o jogo ainda é 2D.

De toda forma, não é para isso que o tópico de hoje serve. Estamos aqui para discutir a transição de séries famosas do mundo 2D para o mundo 3D, e para isso nada melhor do que utilizarmos algumas da séries mais icônicas da infância de quase todo mundo:

Mario Bros e Sonic the Hedgehog.

Eu escolhi essa séries pois além de terem sido verdadeiros ícones na era 16-bits (denominação incorreta, mas mais conhecida), seguiram caminhos bem diferentes no mundo tridimensional, sendo que uma permanece até hoje no hall dos grandes jogos de todos os tempos enquanto outra está em franco declínio.

Comecemos com a série Sonic

A série sonic foi talvez, empatada com Mario, a série mais conhecida dos anos 90, e em grande parte uma das responsáveis pelo fato de pessoas adultas hoje jogarem videogame, nessa época tinhamos adesivos colados nos quartos das pessoas, as revistas de detonados vendiam mais do que nunca, diria que foi a grande explosão demográfica dos jogadores de videogame.

E acredito que a série Sonic alcançou seu ápice em Sonic 3. Com gráficos incríveis pra época, músicas memoráveis, e fases com design impecável, ficou a lição de como fazer um excelente jogo em 2D. Além disso, algo interessante da série Sonic foi trazer ao invés de níveis de dificuldade para o jogo, os populares easy, normal and hard, ela trazia três personagens diferentes, onde para cada um a maneira de se passar de fase era diferente, e também a dificuldade para se passar delas.


Mas então veio o 3D, e Sonic não se saiu tão bem nessa mudança. Não me levem a mal, Sonic Adventure é um jogo incrível (por mais que eu ache que a interação com humanos não é a melhor das ideias), mas infelizmente não conseguiu carregar a magia Sonic para o novo mindo que ali se apresentava. Cabe lembrar que já existiam jogos 3D do Sonic antes, mas 95% dos gamers "hardcore" nunca jogaram eles.

Enfim, pra mim, o grande problema da transição para o mundo tridimensional é que boa parte de Sonic se baseia na velocidade absurda do personagem, mas plenamente controlável pelo jogador, o que é bem difícil de se trazer para um jogo mais moderno sem que a maioria dos jogadores caia 396 vezes em um precipício, de modo que a solução é tirar um pouco do controle dos jogadores e deixar o jogo um tanto mais automático por assim dizer. Os jogos de Wii tentaram corrigir esse problema, e por isso acabaram recebendo a aclamação da mídia. Quem sabe Sonic não esteja voltando aos seus dias de ouro.

Fiquem com as musiquinhas clásicas do jogo.


E vamos para a série Mario Bros.

Acho que depois de ver essa foto, a maioria das pessoas nem precisaria que eu contasse uma historinha aqui. Super Mario está no imaginário coletivo das pessoas mais novas (e das mais velhas que tinha que zerar os jogos pros filhos). Aliás, na minha opinião, se perguntassem quem é uma das pessoas mais influentes dessa geração, provavelmente Shigeru Miyamoto viria em minha mente. Quem é ele, só o criador de Zelda e de Mario.


Mas voltando ao assunto, Mario talvez seja o exemplo de melhor transição 2D para 3D da história, pois não só fez uma excelente transição da série, como também definiu como seria a jogabilidade dessa nova era. E aqui voltamos novamente a alavanca analógica, ninguém sabia para que servia nem se realmente teria alguma utilidade, até Super Mario ter sido lançado. A liberdade proporcioanda por esse novo sistema de controle era sem precedentes, e se tornaria o padrão da indústria dali pra frente.

Quer dizer, depois a Sony pesou ana solução de uma dupla alavanca analógica, uma para i personagem, outra para a câmera ( termo para a câmera virtual que filma o jogador enquanto ele joga, aliás, em Super Mario 64 ela deixa de ser virtual, em mais uma solução bem humorada do jogo.) que também foi adotada por outros videogames. O Dreamcast inverteu os analógicos e esse passou a ser o padrão usado até hoje.

Fiquem com as musiquinhas também clásicas desse jogo.


E já que ninguém está se sentindo com vontade de comentar, deixarei uma pergunta para tentar estimulá-los: Qual foi o jogo de videogame que mudou sua vida?

Frase do dia:

"Meu Mortal Kombat tem sangue!"

Típica discussão entre Seguistas e Nitendistas nos anos 90.

domingo, 3 de outubro de 2010

Original VS Sequência Parte 2

Bem, depois do sucesso estrondoso do último post, decidi continuar nesse assunto muito popular por que eu já prometi fazer mais dois posts, um sobre a mudança de gênero em games já consagrados, e um sobre a mudança de paradigma e como ela afeta jogos já consagrados, no caso da mudança de 2D para 3D.

Bem hoje, vamos falar de como a mudança de gênero afeta um jogo já consagrado e se é possível manter o mesmo nível de qualiddade mudanço completamente a abordagem do jogo. E para isso não existe exemplo melhor que a série Metroid. Essa série passou por uma mudança monumental durante sua transição da era 2D para a era 3D. Passou de um jogo de plataforma com elementos de shooter de Super Metroid (jogo para super nintendo que era de certa forma de estilo de jogo semelhante a série Contra ou até mesmo Metal Slug) para um FPS (ou FPA na denominação da nintendo).

Seria a mesma coisa de Michael Bay (diretor de Transformers) dizer que ia transformar a Trilogia das Cores (tem um post muito bom na trindade, depois a Polly passa o endereço nos comentários, ou não, já que ela anda ocupada pegando gatos =p) em um blockbuster hollywoodiano e de quebra fazer uma versão americana de Old Boy com o Will Smith no papel principal. E o mais incrível ainda, isso dar certo.

Bem, pra quem não conhece Super Metroid foi o ápice da série Metroid, que alcançou a perfeição nos movimentos chefes e inovações, e que se fosse lançado em uma época de internet popularizada, seria um dos jogos mais bem avaliado de todos os tempos. Para tentar entender como era o jogo, primeiro pense em Megaman, que acho que todo mundo conhece (faz parte dos jogos super populares, tiops Mario, Sonic, Bomberman, Top Gear, Chronno Trigger[até parece...]).

Agora imagine que o Megaman é uma mulher alta, que além de ter diversas armaduras e tipos de tiro diferentes, ainda lança mísseis, supermísseis, bombas, superbombas, se transforma em uma bola, pula de parede em parede, enfrenta chefes maiores que a tela e de quebra ainda tem que dar uma de mãe pra um ser alienígena. O nome dela: Metroid. NÃO! Dizer isso é a mesma coisa de chamar o Link de Zelda, que o Ryu é irmão do Ken e que a Lara Croft se chama Tomb Raider.

O nome da primeira heroína realmente popular dos videogames e que quebrou, junto com Lara Croft e Joanna Dark, o estereotipo de que protagonista de jogo só pode ser homem é Samus Aran. A História dela é bem clichê, orfã de seres humanos que foi criada por uma raça alienígena chamada Chozo que a salvou da morte. Pra quem tá curioso, Metroid é o nome de outra raça de alienígenas, só que esses são parasitas.

E Metroid se tornou tão especial porque trouxe coisas que hoje parecem banais para os jogadores de videogame mais novos. Chefes gigantescos que ocupavam mais que uma tela, cada um com métodos engenhoso para serem vencidos que não se resumia a atire primeiro, atire mais um pouco, atire mais uma vez e depois faça algumas perguntas. Além disso trazia uma variedade de armas até então não vista fora de jogos FPS, Cenários destrutíveis e que escondiam diversos segredos para dificultar a missão de conseguir 100% no jogo e várias outras coisas que se tornaram quase um padrão na indústria. Tudo isso é resumido na foto abaixo.

Além disso, pra quem não sabe, ao contrário do que a maioria pensa, o Wall jump (habilidade de pular de parede em parede, hoje presente em Tomb Raider, Super Mario, Prince of Persia e mais um monte de jogos) não é originária de Super Mario 64 ou de Shinobi/ Ninja Gaiden, e sim de Super Metroid.

Bem, como um jogo de tanta importância para a história dos videogames e que acabou pulando uma geração (pulou a geração Sony Playstation, Sega Saturn e Nintendo 64 para só voltar na geração Sony Playstation 2, Microsoft Xbox e Nintendo Gamecube), fica clara a responsabilidade que seria colocar a série na era 3D, e que todos esperavam um time de elite da Nintendo, ou no mínimo da Rare, no caso.

Qual não foi a surpresa quando a Nintendo anunciou que a Retro Studio, que era totalmente desconhecida até então, ia produzir o jogo, que não teria a a presença de Mother Brain, e que pra piorar a situação seria um FPS (tiro em primeira pessoa) que mas tarde foi modificado para FPA (aventura em primeira pessoa, em uma jogada de marketing genial da Nintendo para tentar diminuir a rejeição do título), aposto que agora a comparação do Old Boy com o maluco no pedaço não parece mais tão absurda. Qual não foi a surpresa quando o jogo foi lançado e se tornou o Jogo mais bem avaliado de sua geração, derrotando monstros sagrados como Metal Gear Solid 3, The Legend of Zelda Twilight Princess e Wind Waker, Super Mario Sunshine, Shadow of the Colossus, God of War, Halo, Ninja Gaiden e tantos outros.

Metroid Prime é um jogo que trata de uma visita de Samus Aran a um planeta desconhecido infectado pelo Phazon, uma substância radioativa altamente mutagênica que anda provocando mudanças graves no planeta Talon IV. Mas a história pouco importa, o importante é que Metroid mais uma vez trouxe inovações incríveis para a época. Para começo de conversa a criação de um jogo em primera pessoa que não fosse simplesmente um tiroteio já foi um avanço notável, algo semelhante ao que fez Half Life, mas em uma escala mil vezes maior.

Além disso todos os elementos que nos impressionaram no original estavam de volta, sem contar o fato de que a parte técnica do jogo estava impecável, com gráficos que na minha opinião só seriam superados por Twillight Princess e por Resident Evil 4 já no finalzinho da geração, direção de arte fora de série, músicas escolhidas e compostas pelo gênio Kenji Yamamoto fizeram desse jogo um dos melhores que já joguei em minha vida.

e de quebra ainda tem a melhor música de todos os tempos em uma fase de neve, que me dá uma paz imensa no meu coração.

Qual dos dois é melhor é uma questão puramente pessoal, já que ambos são impecáveis em suas características. Eu pessoalmente acho que Metroid Prime conseguiu um maior imersão no papel de Samus Aran, enquanto Super Metroid ajudou a definir a evolução dos videogames. Para os que não conseguem escolher como eu, existe ainda o jogo Metroid Other M que foi recentemente lançado para Nintendo Wii e que reune as qualidades dos dois.

Na próxima semana ou no meio dessa eu posto a parte final.

Frase do Dia:


"Como é o nome daquela roda com pregos?"

Morena mais bonita do mundo se referindo a "engrenagens"

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Original VS Sequência Parte 1

Bem, depois de anos sem postar devido a rotina bizarra que só a greve da UnB te proporciona (estou sem férias desde fevereiro, e tive três semanas de provas seguidas devido aos calendários não baterem por causa da geve.)

Então eu vim falar sobre um tema que sempre rende no PDS(bar da galere da UnB): O que que é melhor, o original ou a sequência? Eu poderia escrever sobre filmes, mas ficaria meio comum, além de meu conhecimento de filmes ser pra lá de limitado, não chegando nem perto do conhecimento da mestra. Então eu vou fazer sobre minha área de domínio: videogames.

Vou procurar comparar jogos de uma mesma séria para exemplificar três fatos que mudam muito um jogo: mudança de produtora, mudança de paradigma e mudança de gênero. O último não trata de um herói que era meninha e virou menininho ou vice e versa, mas de mudança de gênero de jogo como de Adventure para FPS (tiro em primeira pessoa) e sim, isso é uma dica de que jogo irei falar. O segundo tratará das grandes mudanças que ocorreram no mundo do videogame e de como isso afetou os grandes clássicos, sendo que irei tratar especificamente da mundança da era 2D para 3D.

E o primeiro de que irei falar hoje é o da mudança de produtora, que equivaleria ao autor sendo retirado do papel no meio de uma trilogia. E acredito que para esse ponto não existe jogo melhor para servir de exemplo do que um de uma certa arqueologista da terra da rainha, cuja história pode ser dividida em duas grandes eras: Era Core Design e Era Crystal Dynamics. Pra quem não sabe do que eu estou falando: vou colocar uma foto da provavél protagonista mais conhecida dos videogames.

Ainda não sabe quem é? Que tal essa

Se você ainda não reconheceu, te perguntarei se a caverna onde você estava era quentinha. Essa é Lara Croft, protagonista de Tomb Raider, que, nas palavras do criador da série, é um jogo sobre pirâmides e que com uma proposta tão simples definiu o mundo dos jogos 3D, juntamente com Mario 64, The Legend of Zelda: Ocarina of Time e mais tardiamente Grand Theft Auto 3 ou simplesmente GTA 3.

Mas para entender a comparação entre as duas eras, é importante antes ter uam noção histórica. Em 1996 era lançado o primeiro game com uma protagonista mulher que realmente parecia mulher, sendo que a outra era Samus Aran, protagonista de Metroid, que passava o jogo inteiro de armadura. Tomb Raider (Starring Lara Croft) foi então um sucesso instantâneo, contrariando as espectativas mais otimistas da própria Eidos (Editora). Ora, como um game com uma protagonista mulher, britânica, em terceira pessoa, com inimigos razoavelmente realistas e com vilões americanos ( e franceses, até parecia que uma equipe do Reino Unido ia perder essa oportunidade) poderia fazer sucesso em um mercado dominado pelos jogos com protagonistas homens, americanos, que carregavam armas futuristas matando alienígenas um mais feio que o outro enquanto faziam piadas sexistas e escatológicas para descontair ( Duke Nukem eterno demais)?

Bem a resposta foi ser diferente. Logo depois foi lançado Tomb Raider 2 (Dagger of Xian), o mais bem sucedido até hoje, e para muitos o melhor game da série na era Core, corrigia tudo o que a tecnologia e o tempo de produção não permitiram ser feito já no primeiro game. Tomb Raider 3 (The Adventures of Lara Croft) seria lançado pouco depois e pode ser entendido como um Tomb Raider 2, só que maior e com inimigos mais difíceis. De fato, na minha opinião, Os chefões mais difíceis da era Core estão nesse jogo, incluindo dois antológicos : O chefão final, que não vou dizer quem ou o que é para não dar spoiler e Sophia Leigh no final do estágio de Londres, que creio eu ser o primeiro chefe a não ser derrotado de maneira direta (o mais perto disso anteriormente foi o chefe final do 2, mas que já jogou vai entender a diferença.)

Finalmente temos Tomb Raider 4 (The Last Revelation), que na minha opinião é o Tomb Raider definitivo da Era Core, o ápice. Aqui estão reunidos os melhores elementos de todos os demais jogos da série em um jogo gigantesco (35 fases padrão Tomb Raider, que duram uns 30 minutos cada se você já for um veterano que totalizam 1050 minutos ou mais de 17 horas de jogo). Mas é exatamente nesse jogo que começa a morte de Lara Croft (literalmente) na era Core. Com Lara supostamente morta, é lançado Tomb Raider 5 (Chronicles) que conta algumas histórias anteriores da protagonista, na forma de narrações de amigos que foram ao seu enterro. Acredito que nesse game Tomb Raider regrediu um pouco, pois as fases pareciam incompletas, além de não ter a grandiosidade do anterior.

E então vieram as trevas para a Core, no jogo com o nome bastante apropriado de Angel of Darkness. Quem jogou percebeu que existiria uma grande evolução na série, inclusive parecendo cada vez mais com os jogos da era Crystal no decorrer das fases, mas infelizmente, devido a pressão constante em uma equipe pequena para o lançamento do jogo, ele acabou saindo bastante bugado e com fases iniciais que não se encaixavam nem com o restante do jogo nem com a série. Como já disse, o jogo de certa forma melhora bastante no decorrer das fases, mas a má primeira impressão foi demais pra Core. Tomb Raider então passa a ser desenvolvido pela Crystal Dynamics e muda totalmente, sofrendo uma Prince of Persianização tanto dos cenários como da personagem.

O primeiro jogo dessa nova era foi Legend, que deu um Reboot na série como Batman Begins deu em Batman, Lara agora é outra pessoa, com outro visual, com outras motivações, com outro inventário, sem poder carregar onze armas e munição ilimitada na sua mochila. Agora ela vai a procura de sua mãe perdida em uma história, que não sei se foi uma homenagem, mas é incrívelmente parecida com a do original, inclusive em suas reviravoltas. O sucessor desse jogo é o Tomb Raider Underworld, mas eu ainda não zerei esse devido a falta de tempo, mas que pelo demo que joguei não muda muita coisa da mecânica de jogo, apenas um poucos novos movimentos e uma nova mudança no visual de Lara, que deixou de ser a gostosona de Legend e Aniversary e virou uma mulher mais, hummm, atlética por assim dizer.

Mas o game importante para a nosa comparação é Anniversary, o remake de Tomb Raider. Como são jogos "iguais", fica mais fácil comparar e tentar entender por que uma parte dos Raiders prefere o original e a outra a sequência. Todo Tomb Raider tem, segundo minha análise, cinco elementos essenciais: Lara Croft, inimigos, cenário, conjunto, história.

Quesito Lara Croft

Esse quesito avalia como a Lara se comporta no jogo. No jogo da era Core, a Lara era mais dependente do jogador, ela não fazia nada se não fosse comandada. Se o jogador errase, lara morria e fim de papo. Claro que esse comportamento excluia a possibilidade de movimentos mais complexos e mais "finos", pois colocariam uma dificuldade elevada demais em um personagem relativamnte duro.

Já nos jogos da Era Crystal, esse comportamento foi corrigido, e Lara tem um estilo mais Prince of Persia, com movimentos acrobáticos e ajuda ao jogador. Por exemplo, se um determinado pulo exige que Lara se pendure, ela fará isso automaticamente, ao contrário do original em que o jogador deveria prever a dificuldade e segurar. Por outro lado se o local precisar de um salto curto, Lara automaticamente diminuirá a distância do salto, enquanto no original ela daria de cara na parede e cairia em um abismo sem fim.

UM FATO IMPORTANTE: uma grande mudança que se nota é que os Tomb Raider originais tinham um controle mais simpático para os usuário da combinação teclado e mouse, enquanto os da era Crystal são bastante complicados para os usuários dessa mesma combinação, talvez por a plataforma principal serem os consoles agora. Eu por exemplo tive que comprar um controle de Xbox 360 para o PC para poder ter uma experiência satisfatória, algo que deve ser levado em conta.

Nesse quesito pra mim a vitória é do Anniversary, pois fica claro que o original só não era assim devido as limitações da época.

Quesito inimigos

Nos jogos da era Core Lara se comportava mais no estilo rambo com os inimigos. Não raro você encontrava três ou quatro inimigos que já haviam sido chefões de fases anteriores em uma sala pequena. Em compensação os inimigos eram mais fáceis.

Já na era Crystal, os inimigos se tornaram mais inteligentes (mas nem tanto, subir escadas ainda é uma tarefa impossível para alguns) e mais difíceis de lidar, em compensação seu número diminui MUITO, sendo que em algumas fases onde se enfrentava 40 inimigos nos jogo da era Core, no remake se enfrentam 7, ou em salas onde você enfrentava centauros, no remake você enfrenta panteras. Apesar disso, acho que essa evolução no sistema de combates foi muito bem vinda.

Nesse quesito acredito que o resultado é empate, uma mistura entre os dois seria perfeita.

Quesito Cenários

O Tomb Raider original é conhecido como um dos jogos com melhor level design de todos os tempos, tudo se encaixa, os puzzles são ciativos, casam com a história, casam com o lugar onde estão colocados, casam com Lara Croft e suas habilidades. É um mundo grande e livre para ser explorado pelos Raiders.

Já o Anniversary é um jogo em que os cenários dão dica de onde você deve ir, e apesar desse ser o melhor jogo nesse quesito da Era Crystal, acredito que não consiga se igualar aos jogos da Era Core.

Vitória absoluta do Tomb Raider original.

Quesito Conjunto

Esse quesito é o quesito de como os três elementos anteriores se juntam para formar uma boa obra. O Tomb Raider original tinha um bom conjunto, como eu disse, tudo casava e tudo dava certo, sendo uma marco para a época.

Mas a competição com o Anniversary é desleal. Com os avanços dos jogos daquela época para os dias de hoje, o remake parece muito mais bem encaixado, não dá pra explicar, mas você sente isso no jogo. Você percebe que aquele elemento está ali por um motivo e não apenas por simples enfeite.

Nesse Quesito a vitória é do Anniversary.

Quesito História

O quesito história não é só relacionado a história do jogo, mas também a História do local onde lara está visitando, se o enrendo do jogo casa com as informações da lenda de que o jogo trata, a veracidade que o jogo passa em geral. E o Tomb Raider original foi um marco nesse sentido, tendo uma história simples, mas muito bem construída e sobre a qual o Anniversary foi construído.

Por isso nesse quesito a vitória vai para o Original

Resultado final
Original 2,5 X 2,5 Anniversary
No final, o que vai definir qual o melhor pra você é com qual jogo você se diverte mais, e pode ter certeza, os dois são bastante competentes em divertir os jogadores.

Frase do Dia:

"Quero fazer um jogo sobre pirâmides"

Toby Gard, criador da série

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Manifesto contra a banalização do celular

Ano de 1984

Imagine um novo aparelho revolucionário, um chip que seria implantado no braço de cada pessoa e com ele você poderia armazenar qualquer informação captada por seus olhos, comunicar instantaneamente com seus amigos, receber mensagens telepáticas e mais uma porrada de funções.

Maravilhados pelas promessas todos passam a comprar esses chips, que com o tempo passam a sair até de graça. Mas nem tudo são flores, para que eles funcionem, você deve comprar um determinado doce, que quando ingerido carrega o chip para que possa ser utilizado.

Com o tempo alguns poucos não possuem o chip, e são recriminados por aqueles que possuem com acusações discutíveis. Mas as pessoas com o chip estão surdas de tanto conversar e não conseguem ouvir o contraponto de seus argumentos, que demonstra o quanto o chip é dispensável e o quanto ele tornou pior as relações humanas. Podem capturar imagens mas estão cegas para enxergar seu comportamento quase nazista, mas afinal, quem precisa ouvir as minorias.

Dizem que um dia você pode bater o carro e precisar se comunicar com alguém. Ainda bem que não tenho o chip, que eleva em até quatro vezes o risco de acidente automobilístico. Aliás esse é o exemplo mais claro de como o uso indiscriminado do chip leva a mediocridade humana. E é exatamente isso que o diferencia da internet.

O chip, que eu acho uma ideia genial no princípio e uma aberração atualmente, restringe a liberdade pessoal, é mais um instrumento de estratificação, atrapalha os demais, causa risco social em seu uso desnecessário, é fruto do consumismo desenfreado, atrapalha as relações sociais.

Pra que chip se ele vive desligado, se você não pode usá-lo por falta de doce, se mesmo com os dois você não usa de qualquer maneira. Eu digo porque: apesar de ser inútil para 99% das pessoas que tem, elas gostam de ter a segurança de uma solução imediata, sem ter que pensar muito, algo que as salvem de sua própria incompetência de não se precaverem no caso de uma emergência, de não pesquisarem o caminho de modo a não passarem por lugares muito isolados no caminho.

Entendam, não estou dizendo que o chip é totalmente desnecessário. Se você tem, seja feliz e faça bom proveito. Mas não venha com acusações absurdas e argumentos cretinos para me importunar. Ligue pra alguém e vá conversar com ele sobre isso. Quem saiba um dia você não possa ligar pra mim, quem sabe quando eu for médico. No momento, o chip é totalmente irrelevante pra mim. O que é mais engraçado é que eu devo ser quem, de todos os que vão comentar, tem o contato com ele há mais tempo, lá no início da década de 90...

Mas só peço que reflitam sobre o seguinte:

Quantas vezes você precisou do chip de um modo que o problema não pudesse ser resolvido de outra forma?

Frase:
"A tecnologia existe para servir o homem, e não o contrário"
Não lembro

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tá acabando o mês do futebol.

Bem galere ando meio sumido por que ando falando com um morena bonita demais que está de férias, mas já já eu volto para postar. Enquanto isso fiquem com a melhor comemoração de todos os tempos.


Frase do dia

"Fala Peixe."

Romário